De longe te hei-de amar, da tranquila distância em que o amor é saudade e o desejo, constância.
Do divino lugar onde o bem da existência é ser eternidade e parecer ausência.
Quem precisa explicar o momento e a fragrância da Rosa, que persuade sem nenhuma arrogância?
E, no fundo do mar, a estrela sem violência, cumpre a sua verdade, alheia à transparência.
(Cecília Meireles)